sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guinther Pauli ( Revista ClubeDelphi nº 128 )

Revista ClubeDelphi 128

A migração já pode ser considerada uma fase natural do ciclo de vida de um software. Seja migrar de uma arquitetura para outra, por exemplo, de client/server para multicamadas, ou de plataforma, Win32 para .NET. Sistemas Desktop passam para a Web / nuvem, ou para Smartphones. Migrações mais radicais podem significar também o abandono completo da linguagem e ferramenta de desenvolvimento, por exemplo, a adoção do Visual Studio e C#. Independentemente da migração, sair portando toda a aplicação de uma única vez pode se tornar um desafio muito grande para a equipe de desenvolvimento, o que envolve muitos riscos. É necessário conhecimento técnico na plataforma destino, são necessários prazos, existem custos, e o risco de fracasso deve ser analisado. A arquitetura de um projeto pode fornecer preciosas pistas de como o software pode ser migrado. Uma aplicação multicamadas pode ser migrada no estilo horizontal. Uma camada servidora toda pode ser portada de Win32 para .NET, por exemplo, de DataSnap para WCF. As aplicações clientes através de padrões de interoperabilidade, como XML, continuam a funcionar sem alterações, até que também sejam migradas (por exemplo de VCL para Silverlight). Outro tipo de migração é a vertical, ideal para soluções modularizadas. Migra-se o servidor e cliente, porém apenas de uma determinada parte da solução. O conhecimento adquirido nesta etapa pode servir para os outros módulos. É importante analisar as vantagens e desvantagens de cada estratégia, e escolher aquela que melhor se adapta às necessidades da empresa. É exatamente nesse ponto que entra em cena um importante recurso da programação: a Interoperabilidade. Por anos a plataforma Microsoft procurou oferecer os mais diversos tipos e tecnologias para promover o diálogo entre diferentes plataformas: DLLs “puras”, DDE, COM, COM+ etc. Tecnologias mais modernas baseadas no .NET facilitam muito a vida do desenvolvedor, principalmente porque tudo é baseado nas especificações CLS e CTS. Em quase todos os cenários, interligar Win32 e .NET se tornou uma necessidade, seja em estratégias de migração horizontal ou mesmo para interligar diferentes aplicações de diferentes fabricantes / empresas. Este é o tema de destaque desta edição da ClubeDelphi, onde o Vitor Rubio mostrará como promover a comunicação entre as plataformas Win32 e .NET usando diferentes técnicas de programação.
Ainda nesta edição: confira na matéria do Jederson Zuchi um especial sobre a nova API de Trace do Firebird 2.5, permitindo que o desenvolvedor / DBA monitore o que ocorre no BD. O Rodrigo Araujo traz dois artigos para os desenvolvedores Delphi Prism. Já domina o Delphi Win32? Veja que outros interessantes recursos temos no compilador do Prism, e conheça o Visual Studio comparando ao que já conhece no RAD Studio. O Fabricio Kawata traz uma excelente solução nesta edição: veja como é simples criar uma solução de arquitetura baseada em DataSnap que tem diferentes interfaces clientes, por exemplo, uma Web e outra Desktop, compartilhando o mesmo acesso a dados e regras de negócio. Confira também como é simples trabalhar com documentos XML se forem tratados como objetos, usando XML Data Bindings, na matéria do Jéfferson Zuchi.

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